quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Se produzíssimos um efeito de borrado a cada hora que olhamos no relógio, qual hora do dia, para você, estaria mais indiscernível?
Olho as 14h (ou o seu quase) sendo marcada no relógio quase sempre. É uma hora de quebra, ruptura, que me faz pensar em todo o resto do meu dia. Olhar a marcação do relógio tem esse efeito de racionalidade, de indício do que se tem para fazer. Borro a cada dia às 14h.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Hoje vejo pessoas jovens já tão velhas... Cansadas e tão medrosas... Me assusto com isso.
Pessoas recheando seus corpos de medos, desconfianças, desconfortos, negativismos, precauções excessivas, comodismos. Há medo de suar, de borrar a maquiagem, de levar mochila nas costas, de sentir dor ao puxar uma mala pesada, de andar alguns quilômetros, de pegar um ônibus, de atravessar uma ponte, de queimar a pele no sol, de andar numa rua desconhecida, de falar outra língua, de cair no chão e não se levantar. Eu não nasci pra esses medos. Me sinto muito bem em vencer todos eles. Corpo é pra gastar, meus caros. Um dia a gente vai sentir saudade dele.

domingo, 25 de setembro de 2011

Multidão, anonimato, diversidade, decadência, antiguidade, sujeira, impureza, descompasso, caos, heterogeneidade, imagens, rastros, dejetos, fragmentos, desordem, deslocamentos, animais, ruas, passagens, estranhamento.
Nada está no seu lugar.
Viver. Preciso sentir a carne de mundo.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Mais um dia cheio, mas com sopros para a tese. Papéis riscados, muitas ideias... Só preciso tomar um tempinho de distância para tentar entendê-las e ruminá-las melhor. O problema é que tempo não se tem.