sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Um dia, um amigo leu num livro que meu dia de nascimento era o dia do mensageiro. Num dia muito importante para ele, eu lhe dei uma ótima notícia. Notícia que mudou a sua vida.
No momento, realizo mais uma vez a missão de mensageira. Desejando que ela mude vidas também.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Em que unidade você pensa o tempo?
Páginas lidas
Textos escritos
Salários recebidos
Diplomas conquistados
Línguas faladas
Conversas tidas
Alegrias vividas
Tristezas sofridas
Cabelos brancos
Pessoas amadas
Lugares conhecidos
Imagens registradas
Velas apagadas
?

O tempo não mede sua própria mensura.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

No fundo sou igual aos outros, bem igualzinha aos outros. Busco sensações parecidas, tenho ilusões e sentimentos semelhantes, altos e baixos de qualquer existência humana.

É carne.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Voltar pra casa exige um equilíbrio enorme: pra não parecer muito adulto, pra não parecer inquieto, desambientado; pra ver o que permanece numa velocidade ambiente e que, talvez, corra atrás ou à frente da sua; pra aproveitar as pessoas com a qualidade que elas merecem; pra botar ordem em tudo o que está esperando por você e tudo o que continuará esperando, seja em matéria ou em sentimentos; pra encarar sua divisão em vários - o de antes, o de agora, o de depois, o daqui, o de lá, o de não sei mais.
Vou pra encontrar também um pouco de calma, de deslocamento daqui e do agora. É como se tivesse fazendo a viagem pra serra de que tanto precisava nos últimos tempos. E lá ouvir mais sons de pássaro e menos sons de vizinho. Outro tempo, um break no mundo de expectativas que trago nas costas.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sobre as rotas

O taxista já traz tudo pronto. Os caminhos, as palavras ou os silêncios. As janelas abertas ou fechadas. A simpatia ou a cara sisuda.

O motorista de ônibus traz com ele um monte de gente. Traz barulhos de motor, movimentos bruscos, balanços de corpos. Propicia a diversidade.

O pedestre carrega consigo a velocidade própria. Passos lentos ou acelerados. O seu mundo e todo o seu redor. Ele escolhe a própria rota.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Bença, pai. Bença, mãe.

Há idiossincrasias embutidas nas "bênçãos" que peço. Pedir a "bença" é como um beijo na testa que recebo, beijo de proteção. Recebi isso durante toda a minha vida, ainda que pedir, às vezes, fosse uma obrigação que fazia à contragosto.

Mas pensando no sentido que carrego disso, tenho boas lembranças. Quando minha vó e minha tia chegavam lá em casa, não existia "oi". Era: "bença, vó? Bença, tia?". E as vozes lindas delas dizendo "Deus te abençoe, minha fia" até hoje ecoam dentro de mim com um bem-querer tão grande...

Hoje falo com minha mãe ou com meu pai no celular e sinto essa proteção boa do beijo na testa. Só há bem na "bença" que recebo. "Bença" isenta de coisas ruins. Meu sobrinho beija a mão da minha mãe e do meu pai quando pede a "bença" a eles. Ele pode não ver nenhum sentido nisso, mas, quando presencio, consigo ver nos avós todo o carinho sendo ali colocado. É disso que falo, de um sentimento ali entregue num simples ato.

Para além do religioso, a "bença" é bênção. Bem estou quando ela recebo, quando dela me ergo.